Produtores franceses podem ter que gastar mais com trabalhadores da colheita

Governo francês considera aumentar impostos trabalhistas nos salários dos trabalhadores temporários

por Redação

Champagne

Champagne, na França. 

Na agricultura francesa, anualmente são assinados 300.000 contratos temporários na colheita, o que representa quase dois terços de todos os trabalhadores agrícolas do país. Desde 2001, produtores conseguiam empregar mão de obra nos vinhedos por um período de até dois meses sem pagar os pesados impostos “sociais”, de saúde e previdência exigidos pelo governo. 

A medida, que será debatida pelo parlamento em 2015, pode trazer aos cofres franceses uma economia anual de 40 milhões de Euros.  Caso a lei mude, os  empregadores serão obrigados a pagar (normalmente) todos os direitos trabalhistas. Para o expert em vinhos franceses e escritor, Nicolas de Rouyn, a mudança representaria uma vitória aos fabricantes de máquinas de colheita. Além disso, regiões como Champagne, onde não há uso de maquinaria, “teriam que reescrever toda a sua planilha de produção”.

Thierry Pierrot, chefe da marca Krug, condenou a medida. Para ele, os próprios trabalhadores sairiam perdendo, uma vez que os salários seriam arrochados em virtude da incorporação dos direitos.  Em 2012, o mesmo plano falhou por não existirem adeptos no parlamento. 

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