Após a Austrália entrar em disputa comercial com a China, os produtores de vinhos locais passaram a sofrer com uma série de barreiras tarifárias
por Redação
Uma guerra comercial entre a China e a Austrália passou a afetar o mercado de vinho. Após empresas chinesas sofrerem por parte da Austrália uma série de restrições e serem sobretaxadas em setores como torres eólicas, peças ferroviárias e pias de aço inoxidável, o governo da China impôs uma série de barreiras tarifárias aos vinhos australianos.
O CEO da Australia Grape and Wine, Lee McLean, pediu que os direitos de importação de vinho australianos fossem revistos por Pequim. As autoridades chinesas fizeram uma contraoferta para retirar as tarifas, que praticamente impossibilitaram o comércio de vinhos australianos, mas o governo da Austrália rejeitou a oferta.
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Agora os produtores de vinho da Austrália prometem levar a disputa para a Organização Mundial do Comércio (OMC), com arbitragem em Genebra, na Suíça.
A intenção é que através de uma arbitragem internacional, considerada independente no caso, possa trazer uma solução ao caso.
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Por vários anos a Austrália foi o maior exportador de vinhos para a China, perdendo o posto após a imposição de barreiras fiscais, que afetaram a indústria vitivinícola local. A manutenção das tarifas poderá beneficiar demais países produtores e com vinhos de qualidade e preço competitivos, inclusive o Brasil.
Oficialmente a China não declarou qualquer intenção de favorecer outros mercados, mas o livre comércio internacional poderá apoiar os negócios de outros produtores com interesse no bilionário mercado chinês.
Desde o ano passado os produtores australianos acumulam mais de dois bilhões de litros de vinho ou mais de 2,8 bilhões de garrafas. A crescente produção deverá elevar ainda mais o estoque, reduzindo as margens locais.
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